sexta-feira, 18 de março de 2011

Livro ou Tablet

Leitura

Em breve, pais decidirão: dar uma pilha de livros ou um tablet aos filhos

Acervo, em formato digital, de obras voltadas a crianças e adolescentes cresce. Para educadores, leitura no dispositivo não traz prejuízos ao aprendizado

Nathalia Goulart

Crianças com iPad(Thomas Tolstrup/Getty Images)
O escritor italiano Italo Calvino dizia que clássicos são os livros que propagam valores universais e despertam emoções que, a despeito do tempo decorrido desde a leitura, jamais são esquecidos. "Constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado", escreveu. Cientes dessa riqueza, geração após geração, muitos pais se preocupam à certa altura da vida em reunir esse tesouro em uma estante, presenteando os filhos com uma seleção dos melhores livros. A tecnologia vai adicionar, de maneira crescente, uma questão a essa tarefa: franquear aos filhos uma coleção de livros ou um tablet ou e-reader, o leitor de livros digitais (ebooks), aos quais clássicos e outras tantas obras podem ser adicionados?

Leia também: Os livros digitais mudarão nosso cérebro?

Sim, muitos clássicos já estão disponíveis para tablets e e-readers, muitos mais estão a caminho e o mesmo vale para obras contemporâneas que servem à formação e ao deleite de crianças e adolescentes. Em língua portuguesa, já é possível ler nos dispositivos fábulas narradas pelos irmãos Grimm, A Menina do Narizinho Arrebitado, de Monteiro Lobato, e as instigantes aventuras de Julio Verne, como Viagem ao Centro da Terra, entre outros – confira a relação, acrescida de livros de leitura obrigatória da Fuvest. É apenas uma pequena parcela do que já se faz em língua inglesa, por exemplo, que conta com milhares de obras prontas para a leitura. "Estamos próximos da virada digital", afirma Mauro Palermo, diretor da Globo Livros, que até o fim deste ano vai colocar nos tablets todo o seu acervo infanto-juvenil – incluindo os clássicos assinados por Monteiro Lobato. "É um caminho sem volta", diz.
A ideia de tirar o tradicional livro impresso das mãos das crianças e trocá-lo por um iPad, da Apple, ou similar pode assustar os pais. Mas não causa a mesma reação nos estudiosos. Para estes, não existem restrições para leitura na nova plataforma. "O universo digital exerce fascínio nos jovens e, com ajuda dos tablets, pode apresentar a leitura para esse público de forma surpreendente", afirma Marcos Cezar Freitas, pedagogo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Continue a ler a reportagem

2 comentários:

  1. Legal Yeda a matéria...Não gostei dessa ideia de livros digitais, mais não sou contra
    (acredito que nada substitui o papel)
    :) B-jos

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  2. Yeda,gostei muito das informações contidas e postadas no blog.Informações como esta são necessárias e importantes.

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